
Desenvolveu-se basicamente na Bahia, onde é mais forte, embora tenha representantes nas outras regiões do país. Sua estrutura foi determinada principalmente pela religião do povo Iorubá, mas também recebeu influências de povos do Daomé e Congo, embora estas tenham sido incorporadas à base da religião Iorubá, cuja organização e culto foram reconstituídos quase sem a interferência de elementos cristãos e indígenas. Das centenas de divindades locais e regionais africanas, restou um pequeno grupo que resume os elementos essenciais da natureza e da vida humana.
Segundo os mitos mais divulgados, Olórun criou Ifá (o destino), Obatalá (o céu) e Odudua (a terra). Obatalá e Odudua tiveram dois filhos: Yemanjá (o mar) e Oxalá (a luz do céu). Estes dois, a Grande Mãe e o Grande Pai, geraram quase todos os Orixás que governam o mundo: Exu, Ogun, Xangô, Oxóssi, Ossâim, Oxum, Iansã e Obá. Da união de Xangô com Iansã nasceu Ibêji e de Oxum e Oxóssi nasceu Logunedé. Oxalá também se casou com Nanã, que gerou Omolu, Euá, Iroco e Oxumarê; este é um grupo de Vodus (deuses do Daomé) incorporados à religião Iorubá ainda na África.
Os pais e mães-de-santo (babalorixás e ialorixás) são os mais altos sacerdotes na hierarquia do Candomblé. Na religião tradicional, existe uma nítida separação entre as atribuições de homens e mulheres (embora hoje em dia esta norma seja bem mais flexível). As filhas-de-santo são responsáveis diretas pelo cuidado cotidiano com os Orixás. São elas que "viram no santo", trazendo para o meio dos vivos, por meio do próprio corpo, as divindades protetoras. Os filhos-de-santo são as vozes dos Orixás, tocando os tambores que dão o ritmo exato do chamado de cada divindade e aprendendo os segredos dos oráculos e da magia das plantas.
Segundo os mitos mais divulgados, Olórun criou Ifá (o destino), Obatalá (o céu) e Odudua (a terra). Obatalá e Odudua tiveram dois filhos: Yemanjá (o mar) e Oxalá (a luz do céu). Estes dois, a Grande Mãe e o Grande Pai, geraram quase todos os Orixás que governam o mundo: Exu, Ogun, Xangô, Oxóssi, Ossâim, Oxum, Iansã e Obá. Da união de Xangô com Iansã nasceu Ibêji e de Oxum e Oxóssi nasceu Logunedé. Oxalá também se casou com Nanã, que gerou Omolu, Euá, Iroco e Oxumarê; este é um grupo de Vodus (deuses do Daomé) incorporados à religião Iorubá ainda na África.
Os pais e mães-de-santo (babalorixás e ialorixás) são os mais altos sacerdotes na hierarquia do Candomblé. Na religião tradicional, existe uma nítida separação entre as atribuições de homens e mulheres (embora hoje em dia esta norma seja bem mais flexível). As filhas-de-santo são responsáveis diretas pelo cuidado cotidiano com os Orixás. São elas que "viram no santo", trazendo para o meio dos vivos, por meio do próprio corpo, as divindades protetoras. Os filhos-de-santo são as vozes dos Orixás, tocando os tambores que dão o ritmo exato do chamado de cada divindade e aprendendo os segredos dos oráculos e da magia das plantas.
Também são encontrados, embora sejam menos divulgados, Candomblés de origem Banto. Seu culto tem uma estrutura parecida com a do Candomblé de origem Iorubá, com alguns traços distintos característicos das religiões Bantos originais. Usa os nomes Bantos dos Inkices, embora deixando clara a correspondência que existe entre estes e os Orixás Iorubá.
Uma pessoa descobre quem é seu Orixá por vários motivos: quando algum desequilíbrio em sua vida a faz procurar auxílio religioso, quando o Orixá se manifesta espontaneamente se apossando de seu corpo ou quando a criança, ou jovem, é levada pela família para o interior do culto. Embora as características do Orixá possam aparecer em traços físicos e psicológicos, somente o pai-de-santo pode identificá-lo com segurança. Na África, o Orixá era o ancestral mítico protetor de uma aldeia, de todas as suas famílias e, portanto, de todas as pessoas que aí nascessem. No Brasil, como os escravos tiveram seus grupos familiares despedaçados, precisaram reconstituir seus laços com os deuses. A solução encontrada foi o uso da intuição do sacerdote que, por meio do jogo de búzios, pode identificar a filiação espiritual de cada um. Desta forma, ao se vincular à religião, o fiel passa a fazer parte de uma nova família, que é sua "família no santo". Este é o significado das expressões "pai-de-santo" e "mãe-de-santo": não sugerem, como muitos pensam, que a pessoa se considera pai ou mãe de uma divindade, mas, sim, que ela é pai ou mãe "no santo", ou seja, dentro da religião, das pessoas cuja iniciação ela dirigiu.
O objetivo do Candomblé é promover a harmonia total, física e psíquica, interior e exterior, dos fiéis. Para isso, conta com dois tipos de práticas. No culto público, a família espiritual formada pelos filhos-de-santo da casa ou terreiro se reúne periodicamente para, por meio do êxtase provocado por cantos e danças rituais, entrar em contato com os Orixás que governam suas cabeças, ligando-se ao arquétipo que alimenta sua vida psíquica. Para participar do culto público, os filhos-de-santo, após identificar seus Orixás, passam por um período de iniciação em que "morrem" para a vida comum, renascendo para a vida em contato com o Orixá, e passam por todo um processo de reeducação que simboliza a infância de sua nova vida. Depois dessa fase, o filho-de-santo assume o compromisso de realizar uma série de atividades destinadas a cuidar de seus deuses pessoais.
No culto privado, o fiel realiza uma séria de práticas periódicas destinadas a cuidar de seu Orixá, incorporando ao seu cotidiano o elo de ligação com essa figura arquetípica. Estas práticas incluem o uso das cores e adereços característicos de seu Orixá, a oferta de alimentos e presentes em altar doméstico ou em locai externos adequados, o uso de banhos, perfumes e defumadores feitos das ervas que sintonizam com o Orixá.
Oráculos, oferendas, defumadores, banhos e ervas medicinais também são usados para resolver problemas do cotidiano dos fiéis. Na África, onde o Orixá era cultuado dentro da casa da família, as pessoas iam diariamente ao sacerdote, que fazia um jogo para ver o que o Orixá dizia sobre os acontecimentos do dia da pessoa. Acontecimentos especiais, como viagens e negócios, pediam consultas especiais. O sacerdote sempre orientava sobre o que a pessoa deveria fazer naquele dia para anular uma influência ruim e atrair o favor dos deuses. Embora hoje não exista mais essa facilidade de contato cotidiano com a religião, os oráculos ainda são o grande recurso a que as pessoas recorrem quando têm algum problema difícil de resolver.
Uma pessoa descobre quem é seu Orixá por vários motivos: quando algum desequilíbrio em sua vida a faz procurar auxílio religioso, quando o Orixá se manifesta espontaneamente se apossando de seu corpo ou quando a criança, ou jovem, é levada pela família para o interior do culto. Embora as características do Orixá possam aparecer em traços físicos e psicológicos, somente o pai-de-santo pode identificá-lo com segurança. Na África, o Orixá era o ancestral mítico protetor de uma aldeia, de todas as suas famílias e, portanto, de todas as pessoas que aí nascessem. No Brasil, como os escravos tiveram seus grupos familiares despedaçados, precisaram reconstituir seus laços com os deuses. A solução encontrada foi o uso da intuição do sacerdote que, por meio do jogo de búzios, pode identificar a filiação espiritual de cada um. Desta forma, ao se vincular à religião, o fiel passa a fazer parte de uma nova família, que é sua "família no santo". Este é o significado das expressões "pai-de-santo" e "mãe-de-santo": não sugerem, como muitos pensam, que a pessoa se considera pai ou mãe de uma divindade, mas, sim, que ela é pai ou mãe "no santo", ou seja, dentro da religião, das pessoas cuja iniciação ela dirigiu.
O objetivo do Candomblé é promover a harmonia total, física e psíquica, interior e exterior, dos fiéis. Para isso, conta com dois tipos de práticas. No culto público, a família espiritual formada pelos filhos-de-santo da casa ou terreiro se reúne periodicamente para, por meio do êxtase provocado por cantos e danças rituais, entrar em contato com os Orixás que governam suas cabeças, ligando-se ao arquétipo que alimenta sua vida psíquica. Para participar do culto público, os filhos-de-santo, após identificar seus Orixás, passam por um período de iniciação em que "morrem" para a vida comum, renascendo para a vida em contato com o Orixá, e passam por todo um processo de reeducação que simboliza a infância de sua nova vida. Depois dessa fase, o filho-de-santo assume o compromisso de realizar uma série de atividades destinadas a cuidar de seus deuses pessoais.
No culto privado, o fiel realiza uma séria de práticas periódicas destinadas a cuidar de seu Orixá, incorporando ao seu cotidiano o elo de ligação com essa figura arquetípica. Estas práticas incluem o uso das cores e adereços característicos de seu Orixá, a oferta de alimentos e presentes em altar doméstico ou em locai externos adequados, o uso de banhos, perfumes e defumadores feitos das ervas que sintonizam com o Orixá.
Oráculos, oferendas, defumadores, banhos e ervas medicinais também são usados para resolver problemas do cotidiano dos fiéis. Na África, onde o Orixá era cultuado dentro da casa da família, as pessoas iam diariamente ao sacerdote, que fazia um jogo para ver o que o Orixá dizia sobre os acontecimentos do dia da pessoa. Acontecimentos especiais, como viagens e negócios, pediam consultas especiais. O sacerdote sempre orientava sobre o que a pessoa deveria fazer naquele dia para anular uma influência ruim e atrair o favor dos deuses. Embora hoje não exista mais essa facilidade de contato cotidiano com a religião, os oráculos ainda são o grande recurso a que as pessoas recorrem quando têm algum problema difícil de resolver.
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