
O oráculo mais importante para o Candomblé é o jogo de búzios. Um dos mais complexos do mundo, comparável apenas ao I-Ching no nível de profundidade das interpretações e associações, deriva da Geomancia, divulgada no norte da África pelos árabes. É realizado com um conjunto de búzios jogados numa peneira; de acordo com o modo de caído dos búzios, são feitos dois tipos de interpretação: segundo o número de búzios abertos e fechados, podem se formar 16 figuras diferentes, que expressam os Odus (caminhos, destinos ou portas pelas quais falam os Orixás); cada Odu tem suas histórias que o pai-de-santo interpreta de acordo com as características específicas de cada consulente. A outra interpretação se refere a desenhos e agrupamentos formados pelos búzios, que são considerados presságios ou resposta à pergunta feita.
A Umbanda também trabalha com outros tipos de oráculos, além dos búzios. Os Pretos-Velhos costumam praticar a clarividência usando um copo d'água; os Caboclos utilizam mais a intuição pura, sem o auxílio de qualquer instrumento; e as Ciganas preferem os diversos métodos de Cartomancia.
Na África, o Oráculo dos Búzios e o colar de Ifá (outro oráculo que usa um colar de sementes) eram utilizados para orientar a vida cotidiana dos fiéis, prevendo a evolução de certos acontecimentos e identificando os desejos dos Orixás. No Brasil, o jogo de búzios é usado para identificar os Orixás que regem a pessoa; os outros oráculos dão orientação a respeito de problemas do cotidiano.
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